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SUPREMO CONSELHO UNIVERSAL DA ORDEM DOS LOWTONS

A denominação Lowton tem uma origem muito antiga e significa "jovem lobo", designação esta que se dava ao filho de um iniciado, que respondia por "chacal" ou "lobo", já que a máscara que um iniciado usava, mesmo em público, tinha a forma simbólica deste animal.

Dá-se o nome de Lowton ao filho do Maçom, com idade entre sete e quatorze anos, adotado por uma Loja Maçônica, a qual contrai para com ele a  obrigação de servir-lhe de tutor e guia na vida social, de acordo com um ritual especial denominado "Adoção de  Lowtons". Em razão desse venerável empenho, as Lojas não devem conceder esta adoção senão com prudência.

A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE LOWTONS

Instituição essencialmente maçônica, a adoção de lowtons, embora não se possa precisar, exatamente, o seu início, é muito antiga. Tem, pelo menos, mais de 250 anos, o que se pode aquilatar por homens de destaque na História mundial, os quais foram adotados, como é o caso, por exemplo, de George Washington, líder da independência norte-americana, que, nascido em 1732, foi lowton, tendo, por isso, sido iniciado aos 20 anos de idade, a 4 de novembro de 1752, na Loja Fredericksburg Nº 4, da nascente Maçonaria norte-americana, iniciada em 1730, em Massachussetts.

Essa prática consiste em colocar o filho do maçom, ainda na infância, sob a proteção e a orientação de uma Loja, que assume o compromisso de ampara-lo e prepará-lo para a vida adulta, dentro dos princípios morais, éticos e libertários da Maçonaria encaminhando-o logo após a adoção a uma oficina de Lowtons, porém, jovens que não tem pais maçons podem ser introduzido na Ordem dos Lowtons através de um convite feito por outro Lowton e desde que aceito por todos.

           
O que é bonito na teoria, porém, é desmentido pela prática, pelo menos em nosso meio, pois a adoção de lowtons tem sido criminosamente abandonada pelas Lojas, por comodismo ou por desconhecimento, ou, ainda, pelo atrativo de outras instituições mais exóticas, mais mundanas e, acima de tudo, mais “marqueteiras”, para usar um neologismo muito atual, derivado de “marketing”, significando o que permite mais promoção e espaço na mídia.

Para piorar o quadro, as poucas Lojas que, nos últimos anos, ainda têm promovido a adoção, têm, depois de uma belíssima cerimônia, deixado os lowtons largados à própria sorte, marginalizados e relegados ao limbo das coisas inúteis. Esqueceram-se, talvez, as Lojas – com raras exceções, que confirmam a regra – que dar assistência cultural, moral e espiritual ao lowton, é preparar o maçom completo do futuro.

 

Diante desse vácuo, vigente há mais de 30 anos e que acabaria tendo que ser ocupado, assistiu-se à importação da Ordem de Molay, entidade para-maçônica norte-americana, fundada em março de 1919, em Kansas City, pelo maçom Frank Shermann Land.

 

Ela foi introduzida, no Brasil, em 1980, com a criação do “Capítulo Rio de Janeiro”, sob a liderança do Ir.·. Alberto Mansur, Grande Mestre do Supremo Conselho da Ordem de Molay.

Graças à origem maçônica de seu introdutor, criou-se o conceito de que a Ordem de Molay é ligada às Grandes Lojas estaduais brasileiras, o que é absolutamente falso, já que uma entidade para-maçônica não tem vínculo com Obediências e, além de tudo, quem mais tem prestigiado e aproveitado a Ordem, têm sido os Grandes Orientes independentes, surgidos da dissidência ocorrida no Grande Oriente do Brasil, em 1973.

 

Fruto dessa falsa ideia, ou não, ocorreu, em 1983, a aprovação, pela Soberana Assembleia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil, por proposta do Ir.·. Adison do Amaral, da Lei Nº 002, sancionada pelo Ir.·. Mathatias Bussinger, Grão-Mestre Adjunto, no exercício do Grão-Mestrado Geral, a qual criava a Ação Para-maçônica Juvenil - APJ, cuja intenção é promover a educação integral e integrada de crianças e adolescentes de ambos os sexos, auxiliando na sua formação física e intelectual.

 

Nenhum maçom, em sã consciência, pode ser contrário a essas entidades, pois as finalidades de ambas representam tudo aquilo que está consubstanciado na doutrina maçônica.

 

Mas, e os Lowtons? Como fica a adoção de lowtons? Nesse ponto, as instituições citadas têm sido deletérias, aparentemente, porque estão dando atenção a outros seguimentos do mesmo gênero, mas bem mais recentes, em detrimento de uma tradição tricentenária, que nunca perde a atualidade e a importância. E que é muito mais maçônica!

 

Graças a um jovem e abnegado Maçom, Ir.·. Weber Varrasquim, a Adoção de Lowtons retomou vigor a partir do ano de 2002 com a criação e fundação do Supremo Conselho Universal da Ordem dos Lowtons, inclusive sendo criado 4 graus de acordo com a faixa etária dos jovens adotados, e a partir de então vemos nesta iniciativa o resgate da mais legítima, antiga e conhecida instituição para-maçônica do mundo.

Autor:

Ir.·. José Castellani, junho de 2003.

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